Como é o tratamento para o AVC ?
O AVC – Acidente Vascular Cerebral, é uma das principais causas de morte no mundo e a líder em doenças que deixam sequelas motoras e funcionais, levando milhões de pessoas por ano em todo mundo a ter que conviver com algum tipo de limitação física, cognitiva, comportamental e de autonomia e independência. Embora hoje saibamos quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença, os números de casos continuam aumentando, tornando-se um verdadeiro problema de saúde pública que atinge todas as nações, independente de nível de desenvolvimento.
Neste sentido, o tratamento para o AVC deve ser melhor reconhecido para que os impactos da doença sejam minimizados, quer seja individual como coletivamente. Assim, podemos dividir o tratamento em três momentos.
O primeiro momento compreende o mais importante de todos, pois trata-se da abordagem preventiva, ou seja, reconhecer os riscos da doença e controla-los o mais rigidamente possível. Por isso hábitos de vida saudáveis como alimentação balanceada, evitar o estresse, assim como o etilismo e o tabagismo, controlar as comorbidades mais relacionadas com a doença como a hipertensão arterial, o diabetes e as cardiopatias, são de fundamental importância, pois podem evitar o desenvolvimento da doença.
Caso não tenha sido possível evitar a doença é muito importante reconhecer os primeiros sintomas da doença, pois nesse momento TEMPO É CÉREBRO, ou seja, quanto mais rápido este paciente for encaminhado para uma unidade de emergência, de preferência especializada, maior será a chance de minimizar a área do sistema nervoso atingida, assim preserva-se muito mais função e minimizam-se as sequelas. Este segundo momento do tratamento pode seguir a metodologia S.A.M.U., um acrônimo que pode ser decisivo para a saúde do paciente: A letra S indica “sorrir”. Pede-se ao paciente para sorrir e percebe-se se existe algum desvio ou anormalidade na boca do paciente. A letra A indica “abraço”, solicita ao paciente movimento dos dois braços para abraçar, procura-se notar diferença na movimentação em um dos braços. A letra M sugere “música”, pede ao paciente para falar e observa-se se existe alguma alteração importante na voz ou capacidade de falar. Caso um ou mais desses sinais estejam presentes a leta U orienta “URGÊNCIA”, indicando que este paciente deve ser encaminhado o mais rápido possível para unidade de saúde preparada para recebe-lo i iniciar imediatamente o tratamento.
Após a instalação do evento inicia-se a terceira etapa do tratamento do AVC, é a reabilitação que começa com o paciente ainda hospitalizado e segue até a clínica ou tratamento domiciliar. Nesse momento o Fisioterapeuta Neurofuncional e equipe de reabilitação serão os responsáveis pela condução de atividades e terapias que orientem as reaquisições das capacidades afetadas pelo AVC.
No caso da Fisioterapia Neurofuncional existe uma gama muito ampla de abordagens eficazes para a recuperação das funções que foram perdidas, em busca sempre do melhor desenvolvimento da autonomia e independência dos pacientes.
Equipe Neurotrat Fisioterapia neurológica.